terça-feira, 11 de agosto de 2009

BALADA DA BAILARINA

Cor de rosa e com fitas

Uma vez eu tive um sonho

Era um sonho de menina
O meu sonho era um doce sonho
O sonho de ser uma bailarina.

Aquelas que vinham nas caixinhas
(ganhadas a contragosto)
Não eram verdadeiras bailarinas
Eram como pluminhas ao vento
Ao som daquelas musiquinhas.

De tão gastas
Rompiam-se

A música cessava
Mas o queixo continuava
Nos braços cruzados sobre a mesa
Imaginando verdadeiras sapatilhas a rodopiar
As minhas

A serem aplaudidas.

O tempo passou
Oportunidade não amadureceu
Mas a vontade aqui dentro
Essa vontade só cresceu.

Alguns muitos tantos anos depois
Aquele sonho
Que era tão vivo
Que era tão rico
Que parecia tão impossível
Enfim fez-se real
Acordou
Dentro de mim
Ressuscitou.

Hoje cada passo é uma vitória
Cada ritmo, compasso
Cada som, realidade
Cada dia que passa
Maturidade
Vinda de uma mulher menina
E ainda por cima
Bailarina.

Ana Cláudia da Freiria.

4 comentários:

  1. Incrivel como os escritores e artistas em geral mimetizam a arte atraves da sua realidade do dia a dia!!!Adorei dinha

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  2. Amiga.... Linda!!!
    Pra variar né. Sempre me emociona com suas palavras.
    É mto bom poder compartilhar este sonho com vc!!!
    Parabéns!!!
    Um bjão

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  3. Chica, lembrei do Chacal! "Hoje vai ter uma festa e eu vou dançar até o sapato pedir pra parar. Aí eu paro, tiro o sapato e danço pro resto da vida!" Que assim seja´:) besitos!

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