terça-feira, 4 de agosto de 2009

A PÓLIS DE UM DEUS SEM FIM

A PÓLIS DE UM DEUS SEM FIM

Entre helicônias e raios de Sol
Percebo o vento sensível das asas de um curioso beija-flor
Que se aproxima
Tão rápido e tão gentil
Para sugar da vida o seu mel, e fazer de sua alma doce.

Olho em volta, a doçura espalhou-se,
Tudo está tão calmo e sereno
Que o que se escuta e se deseja
É apenas o cheiro da lenha queimando no fogão.

Os amigos devem chegar
Os sapos, talvez coaxar
O vento, de prazer uivar.

A energia desse lugar permanece intacta
Reluzente em paredes coloridas
Em cantos perfumados
Em encantos cochichados.

O jardim conversa, brinca, ri
O poço guarda apaixonados segredos
A música une.

Cascatas lá fora esperam o admirador
Suas águas cristalinas
Despencam força, coragem, esplendor.

Nesse instante, olhos fechados sentem a presença de um Deus criador.

É preciso ser sábio
Abraçar a queda, sentir o calor.
Pois depois de conhecer esse lugar
Não haverá mais espaço para a dor.

Ana Cláudia da Freiria.

Poesia dedicada à querida Solange e ao seu cantinho mais charmoso de Delfinópolis-MG.

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